EUROPA FECHOU-SE PARA O BENFICA NA NOITE FRIA DE MOSCOVO
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Benfica "queimou" no gelo de Moscovo as últimas hipóteses matemáticas de continuar nas provas europeias na presente temporada, perdendo por 2-0 com o CSKA na 5.ª ronda da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Fosse qual fosse a diferença de golos, o Benfica, ainda sem qualquer ponto colhido em quatro jornadas, estava obrigado a vencer em Moscovo. Empurrada por essa determinação, a equipa lisboeta esboçou vontade de pegar na bola e comandar o jogo nos primeiros minutos, mas a falta de ligação dos ataques foi pecha aproveitada pelo adversário russo.
Depois de um remate perigoso de Vitinho, o CSKA inaugurou o marcador. Schennikov, partindo de posição aparentemente irregular, tirou partido de uma fenda aberta entre André Almeida e os centrais, recebeu a bola enquadrado, ajeitou-a e, perante Varela, rematou de pé esquerdo para o 1-0 (13’).
Golpeado no seu propósito, o Benfica reagiu de pronto e dispôs de uma oportunidade flagrante para igualar o resultado. Diogo Gonçalves, de cabeça, deu sequência a cruzamento da direita e endossou a bola para a entrada da pequena área moscovita, onde apareceu Jonas a finalizar, mas sem a direção pretendida (16’). Seria a melhor ocasião de golo dos encarnados na partida.
A percentagem de posse de bola do Benfica subiu – aos 35’ situava-se nos 54 por cento –, mas a superioridade nesse item estatístico não tinha expressão objetiva na zona onde tudo se decide.
As trocas de bola aconteciam sobre a linha divisória e a equipa encarnada não conseguia esticar e variar as suas combinações, por forma a perfurar a organização defensiva do terceiro classificado da liga russa, criar desequilíbrios pelos flancos e levar a bola para junto das redes guardadas por Akinfeev. Na outra baliza, Varela já se mostrara à altura num remate de Dzagoev.
O Benfica precisava de arrumar ideias e o intervalo chegou. Nesse período, deu-se a primeira alteração substantiva no plano de jogo de Rui Vitória: saiu Diogo Gonçalves, entrou Cervi.
Apesar da mexida no conteúdo, as dificuldades na ligação das peças mantiveram-se. E o CSKA, no desenvolvimento de uma ação pela direita, chegou ao 2-0 com muita felicidade: Vitinho foi solicitado na área e, descaído para a direita, com ângulo fechado, optou pelo cruzamento; Jardel levou com a bola no corpo e esta ressaltou para dentro da baliza de Varela (56’). Um autogolo... e 2-0.
Raúl, que já estava pronto para ir a jogo, rendeu Filipe Augusto. A equipa benfiquista deixava cair o 4x3x3 e apostava tudo no 4x4x2. Sentiu, porém, em demasia o peso do 2-0 e demorou a reerguer-se.
A articulação nos últimos metros continuava a escapar ao desejado por Rui Vitória, que não se cansava de passar instruções para dentro de campo. O CSKA, por sua vez, privilegiava o contragolpe e criava sobressaltos.
Aos 83’, risco total no Benfica: saiu Eliseu, entrou Zivkovic. O Tetracampeão português conseguiu ter mais iniciativa e fecharia mesmo a partida com 57% de posse de bola, mas a verdade é que a equipa não conseguiu ser incisiva e cortante nos últimos metros como necessitava para fazer golos.
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